sábado, 20 de abril de 2024

Desembargadores e juízes afastados movimentaram R$ 105 mi em 6 anos

Foto: Divulgação

Redação

Os quatro desembargadores e os dois juízes afastados ontem do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) movimentaram, desde o dia 1º de outubro de 2013, cerca de R$ 105 milhões, segundo apurou a coluna Satélite, do jornal Correio*. Eles são suspeitos de envolvimento no esquema de venda de sentenças investigado pela Operação Faroeste.

Os valores constam na decisão em que o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Og Fernandes, autoriza a ação na Corte e foram baseados em relatório da Polícia Federal a partir da quebra dos sigilos bancários dos alvos da operação.

A maior soma, segundo a investigação, é atribuída ao presidente do TJBA, Gesivaldo Britto, que movimentou R$ 24,4 milhões em seis anos.

Já nas contas dos desembargadores José Olegário Caldas, Maria do Socorro Barreto Santiago e Maria da Graça Osório Leal foram movimentados R$ 22,36 milhões, R$ 17,49 milhões e R$ 13,37 milhões, respectivamente.

Os juízes Sérgio Humberto Sampaio e Marivalda Almeida Moutinho movimentaram R$ 14,16 milhões e R$ 12,53 milhões. Os cinco magistrados também operaram altas somas sem origem ou destino identificados e créditos em valores muito acima do total de salários pagos a eles no período.

O empresário Adailton Maturino, principal alvo da Faroeste, virou motivo de tensão para nomes influentes da política e do Judiciário baianos. Segundo a Satélite, Maturino é tido por investigadores da PF como fonte valiosa de informações capazes de comprometer magistrados e autoridades públicas fora da lista da operação.

20 de novembro de 2019, 09:02

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