sábado, 27 de abril de 2024

Trabalhadores e foliões da Micareta de Feira aprovam serviço de combate ao racismo

Integrando diversos órgãos estaduais e municipais, a ação ‘Micareta sem Racismo’, desenvolvida em Feira de Santana, tem grande aceitação do público que participa da festa. O serviço foi iniciado na última quinta-feira (18) e segue até este domingo (21), com apoio jurídico e orientações do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, equipamento vinculado à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). Além de posto fixo instalado na Avenida Presidente Dutra, diversas equipes especializadas atuam nas ruas, realizando pesquisa e monitoramento sobre os casos de discriminação racial no circuito da festa.

A vendedora ambulante Maiara Silva, 23 anos, foi uma das primeiras pessoas a participar das abordagens qualificadas e aprovou a iniciativa. “Acho importante, pois uma grande parte da população sofre racismo e não denuncia. As pessoas precisam ser esclarecidas. Acho muito válido este trabalho”, ressaltou a jovem, afirmando que já conhece o serviço, que foi desenvolvido de forma semelhante no Carnaval de Salvador.

A secretária da Sepromi, Fabya Reis, destacou a importância da vigilância do poder público para a proteção dos direitos da população negra e combate às diversas formas de racismo, no Carnaval, micaretas e festas populares. “Nos quatro dias de festa atuaremos para prevenir as práticas racistas, amparando a população que eventualmente tenha acesso negado a algum espaço, seja vítima ou testemunhe violências deste tipo” comentou.

Após as abordagens, na sexta (20), as equipes visitaram o circuito Quilombola, onde se apresentaram entidades apoiadas pelo Programa Ouro Negro, executado pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult), por meio do Centro de Cultura Populares e Identitárias (CCPI), que ofereceu apoio a 21 organizações carnavalescas, nos segmentos afoxé, afro, escola de samba, reggae, dentre outros.

22 de maio de 2017, 04:06

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