sábado, 27 de abril de 2024

Temer fala em “golpe” ao se referir a impeachment de Dilma

Foto: Reprodução/TV Cultura

Redação

Durante sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (17), o ex-presidente Michel Temer usou o termo “golpe” para se referir ao processo de impeachment que resultou no afastamento de Dilma Rousseff da Presidência em 2016.

Temer citou um telefonema que recebeu de Lula na época, que estava se movimentando nos bastidores para tentar impedir que o processo contra Dilma fosse adiante. O emedebista diz que “tentou” impedir o avanço do impeachment e não  fez por haver grande “movimentação popular”.

O termo “golpe” foi usado por aliados da então presidente Dilma e o próprio Michel Temer chegou a rebater a acusação, quando se manifestou, em abril daquele ano, por meio de sua assessoria, que por ser professor direito constitucional, tinha ciência de que não havia golpe em curso no Brasil.

“Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo ‘golpe’. Aliás, muito recentemente, o jornal Folha de S. Paulo detectou um telefonema que o ex-presidente Lula me deu, no qual ele pleiteava trazer o PMDB para ‘impedir o impedimento’. E eu tentei, mas a esta altura eu confesso que a movimentação popular era tão grande e tão intensa que os partidos já estavam mais ou menos vocacionados, digamos assim, para a ideia do impedimento”, disse Temer, acresecentando que “este telefonema do ex-presidente Lula revela, exata e precisamente, que eu não era, digamos, adepto do ‘golpe’”.

17 de setembro de 2019, 08:00

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