sábado, 20 de abril de 2024

SSP rebate reportagem da Veja e fala em “acusações infundadas”

Foto: Reprodução/Veja

Da Redação

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) emitiu uma nota na manhã desta sexta-feira (14) rebatendo reportagem da revista Veja, que teve acesso a fotos do corpo do miliciano Adriano da Nóbrega e aponta que há indícios de que ele teria sido executado.

Segundo o órgão, as fotografias mostradas “não são as imagens oficiais da perícia”. “Dessa forma, os peritos não podem afirmar se foram de alguma forma manipuladas ou não e, portanto, não podem se manifestar sobre as mesmas. Sobre a lesão arredondada na face anterior do corpo de Adriano, trata-se de equimose, não uma queimadura. É uma lesão contundente, obviamente feita com algo arredondado, que pode ter sido ativamente ou passivamente comprimido contra o corpo”, diz a nota.

Peritos independentes ouvidos pela Veja apontam que os disparos contra o miliciano foram feitos a curta distância, o que reforçaria a tese de “queima de arquivo”. A SSP contesta essa versão.

“As lesões de disparo de arma de fogo não foram feitas com proximidade. Essa afirmação só pode ser feita quando há, pelo menos, a zona de tatuagem de pólvora incombusta intradérmica, o que não ocorreu. É impossível afirmar distância dos disparos, sem a reprodução destes, promovida com a mesma arma e munição similar, contra um anteparo [alvo]. Por fim, acrescenta que o corte na cabeça foi por ação corto-contundente, também comum em casos de troca de tiros, onde quedas são frequentes”, conclui a nota.

14 de fevereiro de 2020, 12:02

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