sábado, 27 de abril de 2024

Sem conseguir votar PEC da Imunidade, Arthur Lira sofre primeira derrota à frente da Câmara

Foto: Divulgação/ Agência Câmara

Da Redação

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a suspender a sessão e descer para o plenário, na última sexta-feira (26), para tentar chegar a um acordo pela aprovação da PEC da Imunidade, que logo ganhou o apelido de PEC da Impunidade.

A proposta surge na esteira da prisão do deputado federal Daniel Silveira, que publicou vídeo ofendendo ministros do Supremo e defendendo o AI-5.

No entanto, 20 minutos depois, Lira voltou à mesa sem conseguir chegar a um acordo. Decretou o fim da sessão, sem votar a proposta.

Essa foi a primeira grande derrota de Lira à frente da Casa, desde a sua eleição, em fevereiro.

Na construção da PEC, segundo reportagem do jornal O Globo, houve um esforço intenso, ao longo de uma semana, em articulações de bastidores, reuniões e jantares, iniciados ainda na véspera da votação que manteve o deputado bolsonarista na cadeia.

A PEC da Imunidade se tornou uma prioridade na agenda da Casa. Celina Leão (PP-DF), aliada de Lira e membro de sua tropa de choque, chegou a criar um grupo de WhatsApp, batizado de “Prerrogativas”, e adicionou, segundo O Globo, 10 deputados indicados por partidos próximos ao presidente da Câmara.

A primeira versão do texto foi postada no grupo na segunda e a previsão de votação já era na quarta-feira, dia 24.

Agora, A PEC agora vai ser analisada por uma comissão especial, e não tem mais prazo para voltar ao plenário.

01 de março de 2021, 12:04

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