quarta-feira, 24 de abril de 2024

Salões de beleza se reinventam para driblar crise causada pela Covid-19

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Da Redação

Nove de cada dez micro e pequenas empresas que prestam serviço para beleza, como salões, barbearias, ateliês e estúdios de maquiagem, afirmam ter perdido faturamento por causa das medidas de isolamento social, em função da Covid-19. A perda média do faturamento foi de 57%. Conforme enquete, 62% das micro e pequenas empresas do segmento de beleza descrevem que interromperam o funcionamento temporariamente e 5% encerraram em definitivo.

Os dados são descritos na 3ª edição da pesquisa sobre o impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios, feita pelo Sebrae via internet entre 30 de abril e 5 de maio. Apesar do impacto na ampla maioria dos estabelecimentos, apenas 4% assinalam ter feito demissões. Isso porque o recrutamento da mão de obra no segmento não implica vínculo empregatício.

Uma grande parte do serviço é prestada por empreendimentos na informalidade. “Uma vez em Paraisópolis [zona sul de São Paulo] contou-se 8 mil portas de serviço beleza”, lembra Andrezza Torres, analista de Competitividade do Sebrae.

De acordo com Andrezza Torres, a reinvenção tem sido notada em vários relatos de microempresários. Segundo ela, alguns salões estão ensinando aos clientes a cuidarem e pintarem o cabelo em casa, “com a tonalidade certa”, por meio de teleconferências, outros estabelecimentos revendem produtos e orientam a aplicação. “Alguns salões conhecem seus clientes e sabem que descolorante, xampu, condicionador ou creme precisam”, salienta.

Novos custos e biossegurança

Além de não poder retomar em 100% os atendimentos, os salões de beleza terão novos custos – como a disponibilização de equipamentos de proteção individual (EPI) para os parceiros, álcool em gel, e a aquisição de tapetes sanitizantes e até termômetros a laser.

Para ajudar a retomada segura das atividades, o Sebrae produziu uma lista de orientações de biossegurança para o segmento de beleza. Há dicas desde o “agendamento consciente”, para evitar aglomerações, até o cuidado com higienização para proteger a saúde de quem trabalha no estabelecimento e dos clientes. As informações são da Agência Brasil.

04 de julho de 2020, 19:31

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