Regina Duarte deixa o governo por “sentir falta da família” e vai assumir Cinemateca em São Paulo
Da Redação
A atriz Regina Duarte deixou a Secretaria Especial da Cultura. A informação foi confirmada na manhã de hoje pelo presidente Jair Bolsonaro, que divulgou um vídeo ao lado de Regina.
Ela deixa o cargo pouco mais de dois meses depois de assumir o órgão. A alegação é a de que a ex-global sente “falta da família”, que vive em São Paulo.
Bolsonaro disse, porém, que ela continuará contribuindo para a cultura e vai assumir o comando da Cinemateca em São Paulo.
Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em SP. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias pic.twitter.com/79CyrQY1uI
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 20, 2020
Regina Duarte foi a quinta titular na Secretaria Especial de Cultura em 17 meses. Antes dela, estava Roberto Alvim, que foi demitido depois de publicar em redes sociais em um vídeo que fazia alusão a um discurso nazista.
A atriz, no entanto, estava passando por um processo de ‘fritura’ no governo. Não conseguiu implementar nenhuma ação efetiva no tempo em que ocupou o cargo.
Além disso, foi confrontada algumas vezes dentro do próprio governo, com nomeações que iam contra a sua vontade, e até mesmo demissões de pessoas indicadas por ela.
Um desses casos foi a recondução do maestro Dante Mantovani à presidência da Fundação Nacional das Artes – Funarte, que foi tornada sem efeitos pelo presidente Bolsonaro horas depois da publicação.
Recentemente, seu secretário adjunto, Pedro Horta, foi exonarado, sem maiores explicações. Ontem, o presidente Bolsonaro divulgou um vídeo de uma entrevista do ator Mário Frias à CNN Brasil, em que ele se coloca à disposição para “ajudar o Jair” na cultura, caso fosse chamado.
