terça-feira, 23 de abril de 2024

“Recomendei a Bruno Reis que verificasse o nível de oxigênio para não repetir o que aconteceu em Manaus”, diz Mandetta

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Thyara Araujo

O ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, realizou na noite desta terça-feira (2) uma live com o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O tema foi “um ano de Covid-19: por que o Brasil vive o pior momento da pandemia?”.

Ao iniciar a transmissão ao vivo, Neto pediu que Mandetta fizesse uma avaliação sobre o atual momento. “Com sua experiência, acha que nesses últimos 12 meses poderia ter sido diferente se a gente tivesse uma liderança do governo?”, questionou.

Mandetta iniciou sua participação elogiando a gestão do ex-prefeito de Salvador e disse que a capital baiana é referência para outras cidades. “Salvador é o centro e tem uma importância enorme para o equilíbrio da saúde na Bahia. Hoje conversei com Bruno Reis e tenho ajudado todo prefeito que me pede alternativas. Recomendei a Bruno que visse o nível de oxigênio para não repetir o que aconteceu em Manaus”, disse Mandetta.

Sobre a situação atual da pandemia, Mandetta criticou a falta de ações do governo federal para ajudar a controlar a proliferação da Covid-19. “Essa doença não dá nem pra ter velório. Estamos em situação crítica. Não preciso de líder pra ver se menino usa rosa ou azul. Precisamos de líder em situações como essas”, disse. Para ele, no pós-pandemia será preciso haver a reconstrução do país.

Em seguida, Neto alertou para o papel de cada cidadão no combate ao coronavírus. “Só UTI nesse momento não vai resolver. Cada cidadão precisa ter consciência de que tem um papel para cumprir”.

Comércio

Mandetta falou ainda sobre prefeitos que, durante as eleições do ano passado, fizeram promessas como a de reabrir o comércio ao serem eleitos.

“Vocês de Salvador tiveram continuidade com Bruno Reis, que já vivia toda essa situação da pandemia na sua administração. O que está acontecendo é que alguns prefeitos assumiram a gestão e liberaram tudo. As pessoas, infelizmente, pagaram pra ver. É preciso compreender que não vai solucionar a pandemia se amanhã todo mundo voltar a trabalhar e não usar máscara, por exemplo. Será uma Manaus generalizada”, disse Mandetta a Neto.

O ex-ministro também criticou o Ministério da Saúde. “Nesse ano, o sistema está extremamente sobrecarregado. Hoje existe uma ausência do Ministério da Saúde, que não vem a público fazer uma campanha para o uso de máscara e manter o distanciamento social”, afirmou.

02 de março de 2021, 20:10

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