quinta-feira, 25 de abril de 2024

Rapidinhas: Roma bolsonarista se afasta dos antigos amigos?

Foto: Fábio Rodrigues Pozebom/Agência Brasil

Davi Lemos

A passagem do ministro da Cidadania, João Roma, neste sábado (10) e ontem (9), pela Bahia inaugurou um clima de oposição com os ex-aliados do grupo do presidente nacional do DEM, ACM Neto, que não se tornara claro até então. Na sexta, Neto disse em coletiva que nada mais tinha a dizer a respeito de Roma – afirmou que disse tudo quando houve a confirmação do ex-aliado como ministro de Bolsonaro. A impressão passada, ao menos pela imprensa, é de separação ainda maior entre os antigos amigos.

As vacinas

Falando ainda sobre esse aumento de tensão, quem também subiu o tom foi o secretário de Saúde da capital baiana, Leo Prates, que respondeu, neste sábado, a crítica do ministro da Cidadania segundo quem estados e municípios estariam aplicando menos doses que as disponibilizadas pelo governo federal. Prates demonstrou indignação e lançou desafio para que Roma pedisse ao ministro da Saúde que enviasse uma autorização que ele e o colega Fabio Villas Boas pudessem aplicar as vacinas sem preocupação em garantir a segunda dose.

Impressão digital

Embora o rompimento esteja claro com o ex-chefe de Gabinete nos tempos de prefeitura de Salvador, um atento observador da cena política baiana notou, há uma semana, que ACM Neto ainda seguia João Roma, no Instagram. Roma também seguia o ex-chefe. Para esse observador, que torce pelo retorno da amizade, era um sinal de que a paz poderia ser selada em breve. Ficou no poderia. Toda Bahia observou neste sábado que a amizade também foi desfeita no Insta – aí já é prova suficiente de fim de relacionamento. Roma manteve, entretanto, a postagem de felicitação pelo aniversário do ex-prefeito em 26 de janeiro.

Conselho eclesial

Após a decisão do STF que permitiu a estados e municípios a proibição de celebrações religiosas com presença de público, um destacado membro do clero católico baiano, em contato com Toda Bahia, deu a seguinte sugestão: “poderiam permitir missas e cultos dentro dos transportes públicos”, ironizou o sacerdote. Ele preferiu manter sigilo para não causar prejuízos aos religiosos da Bahia, “pois aqui, quando há restrições, ainda permitem ocupação de 30% nos templos”. Ele considerou estranha a situação em São Paulo, onde as aulas devem retornar, mas as celebrações religiosas continuam suspensas. Vai entender.

10 de abril de 2021, 17:48

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