sexta-feira, 29 de março de 2024

Rapidinhas: O jurista e o ex-doido (vídeo)

Foto: Reprodução/YouTube

Da Redação

Davi Lemos

No final de semana, o respeitado jurista, tributarista e vereador de Salvador, Edvaldo Brito (PSD), surgiu no programa do prefeiturável Pastor Sargento Isidório (Avante) e enalteceu a proposta do candidato que promete zerar tributos dos empresários que iniciarem novos negócios em 2021 – uma forma de reparar as perdas durante a atual pandemia da Covid-19 e promover a geração de empregos. Isso faz parte do esforço para dar à campanha do heterodoxo deputado federal um ar de seriedade que não foi visto em pleitos anteriores, quando, dentre outros motes, foi utilizado o emblemático “Agora é a vez do doido”.

Mas …

Apesar do esforço, da participação da candidata a vice-prefeita Eleusa Coronel mais frequentemente na campanha do ex-doido, quando o candidato não está no estúdio, mas em carreatas que realiza pela cidade sobre um minitrio, a construção da imagem do candidato mais sério e capacitado para gerir a cidade fica mais difícil. Vídeos como o postado em grupos de WhatsApp a exemplo deste aqui mostram que o doido está mais vivo do que nunca quando está fora dos estúdios de gravação de programa eleitoral. A doideira pode eleger um deputado (e até já elegeu um presidente), mas é improvável que eleja um prefeito em novembro.

Mesmo cenário de 2016

Por falar em estratégia, as candidaturas de Major Denice (PT) e de Olívia Santana (PCdoB) mostram que Salvador é uma cidade dividida (o que ainda é fato), mas que a gestão de ACM Neto – que tenta eleger o sucessor Bruno Reis (DEM) – é a responsável pelo agravamento dessa situação. A estratégia é equivocada, pois os moradores de regiões mais pobres da cidade tiveram inúmeros investimentos nos oito anos de gestão do DEM em Salvador. É inegável a mudança. E o soteropolitano também entende que, embora o governo estadual tenha realizado muitas obras em Salvador nas gestões de Jaques Wagner e Rui Costa, não é verdade que todas as obras importantes na cidade foram feitas pelo governo.

A resposta ao erro

O erro das campanhas de Denice e Olívia é justamente tentar dizer que uma administração muito bem avaliada pelos soteropolitanos nada faz pela capital. Ressaltar a origem humilde também não parece mais colar – até mesmo a história de orfandade precoce de Reis anula essa estratégia das candidatas da esquerda. A resposta ao erro aparece mais uma vez na pesquisa publicada nesta segunda-feira (19) pela Realtime BigData/CNN que aponta Reis (41%) muito à frente de Isidório (10%), Denice (7%) e Olívia (6%) – além de Bacelar, do Podemos, e Cézar Leite, do PRTB, ambos com 4% – o que sugere vitória do democrata ainda no primeiro turno.

Assista ao vídeo:

19 de outubro de 2020, 20:29

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