sexta-feira, 29 de março de 2024

Rapidinhas: Moro defende Fachin e diz ser contra perseguição a ministro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Davi Lemos

O ex-juiz federal Sergio Moro esperou cinco dias para escrever um tweet, após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin que anulou todas as condenações contra o ex-presidente Lula. Moro repudiou “ofensas e ataques pessoais” contra o magistrado, a quem qualificou como “técnico e com atuação destacada na Operação Lava Jato”. Moro finalizou a curta declaração desta sexta-feira (12): “Qualquer discordância quanto à decisão deve ser de recurso, não de perseguição”.

Reforço na segurança

O ministro Fachin tem sido alvo de protestos, e o presidente do STF, ministro Luiz Fux, determinou nesta sexta (12) o reforço na segurança do magistrado. Em nota, Fux declarou que “é inaceitável qualquer ato de violência por contrariedade a decisões judiciais”. Na mesma linha do que disse Moro, Fux ressaltou que quaisquer questionamentos à decisão devem ser feitas por vias recursais próprias. Na decisão monocrática de Fachin, ficou entendido que a 13ª Vara Federal de Curitiba-PR não era o juízo competente para julgar o ex-presidente. A Procuradoria-Geral da República (PGR) ingressou com recurso à decisão.

Mais filiações ao PT?

A página oficial do Partido dos Trabalhadores (PT) publicou matéria na quinta-feira (11) que informa o crescimento de 828% nas filiações à sigla no comparativo entre os dias 8 e 10 de março e a semana imediatamente anterior (1 a 7 de março). No dia 8 de março, houve a anulação das condenações contra Lula; no dia 10, o ex-presidente fez um pronunciamento. Segundo a matéria, trata-se de “efeito Lula”. A falha no texto foi somente não informar o número absoluto de filiações nas duas semanas: 828% sobre dez filiações é muito menos que o mesmo percentual sobre mil filiações. O percentual sozinho não ajuda a dizer se o “efeito Lula” é “marolinha” ou “tsunami”.

12 de março de 2021, 19:57

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