quarta-feira, 8 de maio de 2024

Rapidinhas: Farelo, pesquisa e contradições

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Davi Lemos

Em 2010, o então deputado federal Jair Bolsonaro disse que “o Bolsa-farelo (família) vai manter esta turma no Poder”. Ele se referia ao PT, no último ano de mandato de Lula, que lançaria Dilma Rousseff para a Presidência. No ano seguinte, disse: “o voto do idiota é comprado com Bolsa-Família”. Mas, agora presidente da República, Bolsonaro quer unir o auxílio emergencial ao farelo no Programa Renda Brasil. Interessante mudança.

Pesquisa

O presidente e os bolsonaristas também demonstraram uma outra mudança: agora creem no Datafolha. A última pesquisa aponta uma aprovação de 37% ao trabalho do presidente, a mais alta deste que assumiu o comando do Palácio do Planalto. Ou seja, começou a acreditar em pesquisas e, embora não confesse, dar um upgrade do Bolsa Família poder tirar o amor do nordestino pelo petismo/lulismo.

Filho pródigo?

O presidente sempre cita trecho do Evangelho onde está a máxima de que “conhecereis a verdade, e ela vos libertará” (Jo 8, 32), mas parece que agora tenta ver se consegue repetir a parábola descrita em Lucas 15:11-32. É a história do filho pródigo, que relata a história do caçula que, após deixar o lar e gastar o que recebeu de herança, volta arrependido para casa. O presidente quer retornar ao PSL, uma vez que o Aliança pelo Brasil não deu certo. Basta ver se a bancada do partido na Câmara e no Senado o aceitará de volta.

14 de agosto de 2020, 18:59

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