quinta-feira, 28 de março de 2024

Rapidinhas: A mentalidade USP, “fake news” e as redes

Foto: Reprodução/YouTube

Davi Lemos

Em entrevista nesta sexta-feira (8) à Rádio Jovem Pan, a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL/SP) disse que o surgimento do termo “fake news” coincide com o ano em que movimentos de direita começaram a aparecer com maior força nas redes sociais: 2016. A utilização do termo que, segundo ela, surge como instrumento de contenção de vozes à direita coincide com o ano da eleição do ainda presidente dos EUA Donald Trump. Hábil comunicador, Trump, assim que assumiu a Casa Branca, usou o termo também contra a imprensa que o atacava.

Grande visão uspiana

Ela utilizou a seguinte metáfora para se referir ao surgimento de institutos de checagem de notícias e às censuras às “fake news” utilizadas nas redes sociais. “É como se a (mentalidade da) USP tivesse tomado conta das redes sociais”, ironizou. Na imprensa, ela diz que esse desapreço pela opinião à direita era regra. “Os intelectuais brasileiros são majoritariamente esquerdistas; e eles acreditam que estão fazendo o bem calando os demais”, disse a parlamentar, que recordou o histórico de desapreço à democracia no Brasil.

Mas, nos EUA?!

“Isso [a censura] é ainda mais assustador quando ocorre nos EUA”, disse a parlamentar que é docente da USP desde 2003 e afirma que a maioria da bibliografia sobre democracia tem fundamentação da Constituição dos Estados Unidos. Analisando a cobertura sobre a eleição de Joe Biden, a deputada e jurista afirmou que é fato que “houve mudanças na sistemática de votação e duplicidade de votos. Não tenho como afirmar que o resultado seria diferente, mas não tenho como infirmar [que o resultado não seria diferente]”.

Sem provas?

Foi padrão na imprensa mundial noticiar que Trump questionava sem provas o resultado das eleições, embora haja centenas de denúncias juramentadas cujo mérito não chegou a ser analisado pela Justiça norte-americana. Para Janaína Paschoal, havia uma série de provas para realizar ao menos auditoria. O “julgamento do mérito” seria iniciado no Congresso norte-americano, mas o processo foi abortado após a invasão de manifestantes pró-Trump ao Capitólio.

08 de janeiro de 2021, 20:58

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