sábado, 20 de abril de 2024

PT teme atentados a Lula e quer reforçar segurança do ex-presidente

Foto: Reprodução

Da Redação

O PT está discutindo um reforço na segurança de Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral que o ex-presidente quer disputar para tentar voltar ao Palácio do Planalto em 2022. Petistas temem a radicalização presumida no ambiente político e a natureza de alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As informações são da Folha de S. Paulo.

Não é segredo para ninguém que uma parcela expressiva da base bolsonarista é entusiasta de armas como o presidente e, em alguns casos, preconiza o uso da violência. Além disso, as relações do grupo político com milicianos e setores mais radicais de polícias estaduais é notória.

Não é uma preocupação só à esquerda, claro. O próprio Bolsonaro foi ferido a faca em 2018 por um ex-integrante do PSOL que foi diagnosticado como doente mental.

O atentado contra o então candidato é visto como um marco para as campanhas eleitorais no pós-redemocratização, que no Brasil sempre tiveram no corpo a corpo um fator essencial para a construção imagética da associação entre a candidatura e a população.

A ideia era de fazer o reforço já agora, na pré-campanha, mas Lula vetou a hipótese. Em um país com histórico de violência política, como ex-presidente, ele tem uma escolta de quatro agentes da Polícia Federal e dois motoristas com carros oficiais.

Na viagem que Lula fará ao Nordeste, que deve começar no dia 8 de agosto, a logística de segurança inicialmente estará a cargo dos próprios apoiadores. O temor de ser alvo de algum apoiador do outro lado do espectro político ficou mais intenso após a caravana de ônibus que acompanhava Lula pelo Sul do país em 2018 ter sido alvo de tiros, num episódio em que ninguém foi ferido.

O ex-presidente lidera as pesquisas de intenção para a Presidência neste momento. Segundo o Datafolha, o petista teria 46% ante 24% de Bolsonaro em um primeiro turno.

Se for profissionalizar a segurança de Lula, o PT terá de colocar a mão no bolso. Estimativa de empresas de segurança colocam um esquema topo de linha, com vários agentes por turno, coletes à prova de bala, veículos blindados e comunicação de ponta, em torno de R$ 500 mil mensais.

26 de julho de 2021, 09:38

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