quarta-feira, 24 de abril de 2024

Primeira visita de Bolsonaro ao Nordeste terá protesto com caixão

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Cinco meses após o início de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) faz nesta sexta-feira (24) sua primeira visita oficial à região Nordeste como presidente da República.

A ida será marcada por protestos e hostilidades de manifestantes, além de um clima de desconfiança entre Bolsonaro e os governadores da região —onde 8 dos 9 são de partidos da oposição.

O Nordeste é a região na qual o presidente tem a sua pior avaliação. Segundo pesquisa Datafolha divulgada em abril, 39% dos nordestinos consideram o seu governo ruim ou péssimo ante 30% da média nacional.

O presidente vai ao Recife para reunião com governadores dos estados nordestinos, de Minas Gerais e do Espírito Santo, na qual vai anunciar um acréscimo de R$ 2,1 bilhões para o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, voltado para obras de infraestrutura.

Também vai a Petrolina (PE), onde entrega imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida e assina ordem de serviços para construção de dois viadutos e duplicação da BR-428.

O presidente deve ser recebido com protestos nas duas cidades. A expectativa, contudo, é que Bolsonaro seja blindado da ação dos manifestantes.

No Recife, haverá um protesto organizado por estudantes da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) em frente ao Instituto Ricardo Brennand, onde o presidente cumpre agenda.

O protesto terá carro de som, leitura de carta aberta ao presidente e até a queima de um caixão. Os manifestantes, no entanto, ficarão do lado de fora do prédio do instituto, que tem acesso controlado, e não chegarão perto do presidente.

Em Petrolina, vereadores retiraram da pauta na manhã desta quinta-feira (23) um projeto que concederia o título de cidadão petrolinense a Bolsonaro após um grupo de manifestantes ocupar o plenário. Eles carregavam cartazes com a expressão “petrolinense não”.

Além disso, na sexta-feira, garimpeiros das cidades de Salgueiro e Serrita devem protestar pela liberação de novas áreas de garimpo na região. Informações da Folha de S. Paulo.

23 de maio de 2019, 16:23

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