quinta-feira, 25 de abril de 2024

Prefeitura promove palestra sobre adoção no Centro de Referência LGBT

Foto: Jefferson Peixoto/Secom

A adoção de crianças e adolescentes por casais homoafetivos foi tema da palestra realizada, na segunda-feira (20), no Centro Municipal de Referência LGBT, no Rio Vermelho. A atividade, realizada em parceria com a 1ª Vara da Infância e da Juventude de Salvador, integrou a programação do Maio da Diversidade. Durante toda a semana, a Prefeitura promove uma série de bate-papos para o público LGBT. As ações têm o objetivo de debater questões de gênero e diversidade sexual na sociedade atual, além de mostrar a relevância dos temas no cotidiano. As próximas palestras serão realizadas nesta terça (21) e quinta (24).

“Não temos problemas com casais homoafetivos. Eles têm maturidade para adoção, sem muitas exigências. Chegam para nós querendo um filho, desejando construir uma família”, explicou a psicóloga da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Salvador, Alice Soares. Segundo ela, esse público se mostra pronto para adoção já que na maioria dos casos apresenta uma maturidade emocional e financeira.

“São pessoas que já sofreram muito, já sentiram na pele o abandono, a rejeição da família, o preconceito. Simplesmente querem doar o amor, vêm abertos a receberem a criança e com ela a sua história de vida. Não exigem que seja uma menina, com até dois anos e de pele branca, como grande parte dos casais heterossexuais”, assinalou, reforçando que a adoção pode ser feita por qualquer pessoa, basta que sejam cumpridos alguns encaminhamentos jurídicos para formalizar o processo.

Casais homoafetivos que tenham o desejo da adoção encontram todo suporte e orientação no Centro Municipal de Referência LGBT, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, no Rio Vermelho. Para o Coordenador de Políticas e Promoção da Cidadania LGBT do Centro, Vida Bruno, o setor psicológico é bastante procurado para tirar dúvidas sobre o assunto.

“Muitos casais nos procuram pedindo ajuda. E na maioria das situações são pessoas que apenas querem passar o amor que nunca receberam. Acolhemos com nosso suporte psicológico e também no setor jurídico, informando a lista dos documentos necessários e acompanhando o casal até a 1ª Vara. Ficamos monitorando até que adoção seja concretizada”, salientou.

21 de maio de 2019, 12:31

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