quinta-feira, 28 de março de 2024

Prefeitura de Salvador organiza primeira Horta de Folhas Sagradas

Foto: Jefferson Peixoto/Secom

Redação

Adeptos do candomblé de sete terreiros de Salvador agora têm uma horta própria com plantio de mudas específicas que são comumente utilizadas nos cultos e rituais das religiões de matriz africana. Atendendo a um pedido antigo dos representantes das casas de santo, a Prefeitura entregou, nesta terça-feira (22), a Horta de Folhas Sagradas, localizada no Terreiro Ilê Axé da Nação Ketu, na Avenida Aliomar Baleeiro, na Estrada Velha do Aeroporto. A ação é fruto de uma parceria entre as secretarias municipais da Reparação (Semur) e de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis).

A Horta de Folhas Sagradas foi instalada em um espaço de 12 metros de comprimento por 3 metros de largura, onde estão as sete leiras que abrigam mudas de diversos tipos de ervas, como alecrim, arruda, erva doce, manjericão miúdo, manjericão grosso e sálvia. A pedido dos líderes do terreiro, mudas de cebolinha, salsa e coentro também foram plantadas.

Para o presidente do Conselho Municipal das Comunidades Negras (CMCN), Eurico Alcântara, a horta é um verdadeiro presente. “Agora temos na nossa própria casa tudo que precisamos”, disse.

O subsecretário de Reparação da Semur, Valcir Silva, fez questão de explicar o processo de implantação da horta. “Em novembro passado, a Prefeitura promoveu um grande encontro com representantes de mais de 300 terreiros onde discutimos quais seriam essas mudas. Depois dessa seleção, fomos verificar o espaço físico e, na sequência, cadastrar os sete terreiros, um por nação, que farão uso da horta”, explicou Silva.

Projeto-piloto

De acordo com secretário da Secis, André Fraga, a Horta de Folhas Sagradas é muito específica. “Nesse nosso trabalho de implantar hortas urbanas e escolares, identificamos essa demanda e então ampliamos ainda mais esse nosso projeto de hortas e pomares. Depois de ouvir o Conselho, colocamos a mão na massa para instalar esse espaço que atende as necessidades dos povos de matriz africana. Nesse segmento é um projeto-piloto, mas, com certeza, a partir dele, implantaremos outras hortas semelhantes em demais pontos da cidade”, assinalou Fraga.

Na frente da horta, uma placa apresenta as regras necessárias para o uso do espaço. Para melhor utilização da horta, somente voluntários estão habilitados manejar as mudas e os canteiros, respeitando os horários de rega, colheita e manejo. Os visitantes são bem-vindos, mas devem sempre estar acompanhados de um voluntário, que vai orientar sobre como fazer uso do espaço.

 

Jefferson Peixoto/Secom
Jefferson Peixoto/Secom
Jefferson Peixoto/Secom
Jefferson Peixoto/Secom

22 de outubro de 2019, 21:32

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