Polícia investiga sabotagem de ex-funcionário de cervejaria de Minas Gerais
Redação
A cervejaria Backer – fabricante da cerveja Belorizontina – está sob investigação da polícia de Minas Gerais para averiguar se a empresa foi alvo de sabotagem. Existe a suspeita de que lotes da bebida contaminados com uma substância química tenham causado a intoxicação de dez pessoas — incluindo uma morte — nas últimas semanas.
Preliminarmente, a investigação apurou que algumas garrafas da marca, encontradas nas casas de pacientes que adoeceram, continham dietilenoglicol, um anticongelante tóxico usado na indústria.
A Backer nega reiteradamente que esse composto faça parte da linha de produção de suas cervejas. Mas a negativa não foi suficiente e, na sexta-feira (10), o Ministério da Agricultura determinou o fechamento preventivo da fábrica. Também foi determinado o recolhimento de lotes da Belorizontina.
Demitido
Além de a fabricante afirmar que não faz uso do dietilenoglicol, os investigadores têm outro motivo para suspeitar de uma eventual sabotagem: uma ameaça de um funcionário demitido em dezembro do ano passado.
O boletim de ocorrência, registrado por um supervisor da empresa, depende de representação da pessoa alvo da ameaça, o que é feito algumas semanas após o registro. Até o momento, a Polícia Civil afirma que isso não foi feito e, portanto, não houve continuidade da investigação.
Não foram divulgadas informações relativas ao teor da ameaça e nem a identidade do funcionário demitido.
“Independentemente deste fato [ameaça], a Polícia Civil não descarta nenhuma possibilidade”, afirma a instituição em nota.
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