quinta-feira, 25 de abril de 2024

PGR opina contra alterar linha investigativa sobre suposto repasse de R$ 40 milhões à cúpula do MDB

O vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, opinou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (21) contra pedido para modificar a linha da investigação que envolve a cúpula do MDB por doação de R$ 40 milhões do grupo J&F. A tentativa da defesa de um dos investigados é alterar a suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro para crime eleitoral.

O inquérito, aberto em junho do ano passado, apura doações para a campanha de 2014 e investiga os senadores emedebistas Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Eduardo Braga (AM), Valdir Raupp (RO), Dário Berger (SC) e o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE). Também os ex-ministros Helder Barbalho, do MDB, e Guido Mantega, do PT. E ainda o ministro do TCU Vital do Rêgo Filho. Todos já negaram irregularidades.

O pedido para alterar a linha investigativa partiu de Eunício Oliveira, que perderá o foro privilegiado em fevereiro, já que não foi reeleito. Ele também pediu arquivamento do inquérito. Mas o vice-procurador opinou para que o relator, ministro Luiz Edson Fachin, do STF, rejeite os dois pedidos.

“Os elementos reunidos, diversamente do que se alega, sugerem pagamentos de vantagens indevidas, em razão dos cargos dos investigados, parte por meio de operações comerciais simuladas, tipologia clássica de lavagem de capitais. Deste modo, não que há se falar em irregularidade eleitoral, sem deixar de apurar a presença de fatos de gravidade ainda maior”, afirmou Mariz Maia.

22 de janeiro de 2019, 15:39

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