sexta-feira, 10 de maio de 2024

‘Pesquisas instantâneas não dizem absolutamente nada’, diz Mandetta sobre Datafolha

Foto: Reprodução/Facebook

Thyara Araujo

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, comentou, no fim da tarde desta sexta-feira (3), em coletiva de imprensa sobre o coronavírus, a respeito do resultado apontado pela pesquisa Datafolha. Segundo o estudo divulgado hoje, em comparação com a pesquisa anterior, feita entre os dias 18 e 20 de março, a aprovação do Ministério da Saúde cresceu de 55% para 76% – apenas 5% reprovam as atitudes da pasta (antes, eram 12%). Já a aprovação de Bolsonaro variou dentro da margem de erro – de três pontos percentuais – e foi de 35% para 33%.

Questionado por uma jornalista se ele achava que o resultado se deu em função de as pessoas acreditarem mais nas recomendações do Ministério da Saúde do que nas declarações do presidente Bolsonaro, Mandetta afirmou: “Pesquisas instantâneas não querem dizer absolutamente nada. Não somos uma ilha. Isso aqui é parte do governo Bolsonaro. Se estou aqui é porque ele me nomeou e se permaneço é porque ele tem a caneta para me manter ou me tirar daqui”, disse Mandetta. Hoje, em conversa por telefone, o clima teria esquentado entre ele e Bolsonaro.

“Isso não tem nada a ver com a minha performance nem com o presidente. Estamos falando de instinto. Isso é um instinto de preservação da vida. Se a humanidade não tivesse esse instinto, a Índia, com 1 bilhão e 300 milhões de pessoas não teria ouvido o primeiro ministro Modi pedir pra eles irem pra casa. Isso é efêmero. Daqui a pouco eu sou passado”, completou Mandetta.

Ainda em resposta à pergunta sobre percentuais positivos ao Ministério da Saúde na pesquisa, Mandetta foi cauteloso e disse: “Não tem ninguém aqui que não entenda o papel que está cumprindo. Sabemos que é um momento de confiança. Os dias duros serão momentos de descrédito e terá uma rejeição a alguém, ocorrendo transferência da culpa. Nós sabemos e estamos preparados para isso. Vamos atravessar isso com foco, disciplina, ética e ciência”.

03 de abril de 2020, 19:35

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