quinta-feira, 25 de abril de 2024

Léo Prates defende vacinação de crianças e adolescentes

Foto: Max Haack/Secom

Da Redação

O secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates, defendeu a vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19, em artigo publicado hoje (21) no jornal A Tarde.

Prates usa como base estudos que indicam que, apesar de crianças e adolescentes infectados pela Covid-19, em sua maioria, apresentarem casos leves da doença ou são assintomáticas, são um dos grupos populacionais que mais sentem as questões relacionadas ao enfrentamento do vírus com o fechamento de escolas e com a consequente perda de um importante vínculo social para a faixa etária.

“Além disso, também são os que apresentam maior dificuldade em manter e cumprir medidas de proteção como o uso de máscara por tempo prolongado, distanciamento social e constante higienização das mãos”, destaca Prates.

Segundo ele, em Salvador, já se percebe uma queda na taxa de internação de púbicos pertencentes aos grupos já vacinados, como a população idosa.

“Desde 19 de janeiro deste ano, quando foi iniciada a imunização contra o novo coronavírus na capital baiana, mais de 923 mil pessoas já foram beneficiadas com a vacina, sendo que mais de 405 mil delas completaram o esquema vacinal com as duas doses necessárias para garantir a proteção contra o vírus. Do total de imunizados, mais de 395 mil são de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos de idade que já tomaram pelo menos a primeira dose da vacina. Com isso, a internação deste grupo prioritário (os primeiros habilitados na estratégia de vacinação na cidade), que registrava no início do ano uma taxa de 63% passou para 26% neste mês de junho”, escreveu o secretário.

Para Léo Prates, a não vacinação das crianças e adolescentes pode possibilitar mudança no quadro das internações uma vez que esse grupo passará a ser a única população exposta e susceptível à doença, pois não estará imunizada.

“Estamos falando de um universo de mais de 120 mil pessoas na faixa etária dos 12 aos 17 anos de idade que não estão contempladas no plano nacional de operacionalização da vacina contra a Covid-19. A situação torna-se ainda mais grave se considerarmos a existência de um expressivo número de jovens que apresentam condições de risco como deficiência permanentes, necessidades especiais e comorbidades”, aponta.

O secretário cita os ensaios clínicos que indicam a eficácia da vacina da Pfizer em adolescentes maiores de 12 anos, além da autorização da Anvisa para a utilização desse imunizante em jovens a partir da mesma faixa etária. “Diante dessa situação, a Secretaria Municipal da Saúde tenta sensibilizar o Ministério da Saúde e pedir a ampliação da faixa etária elegível para a vacinação contra o novo coronavírus, incorporando crianças e adolescentes de 12 a 17 anos na programação da vacina. Essas vidas também merecem nossa atenção e respeito”, finaliza.

21 de junho de 2021, 09:23

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