Lava Jato mira empresa mineira por suspeita de propina nas obras da Torre Pituba
Redação
A empresa mineira Mendes Pinto Engenharia está sendo alvo da força-tarefa da Lava Jato no Paraná por suspeita de operar propina referente à construção da Torre Pituba, que abrigava até outubro do ano passado a sede da Petrobras na Bahia.
De acordo com a coluna Satélite, do jornal Correio*, o interesse do Ministério Público Federal sobre a empresa cresceu após novas delações firmadas por três alvos da 56ª da Lava Jato, a Operação Sem Fundos, que foi deflagrada em novembro de 2018.
Entre essas delações, está a de Felipe Mendes Pinto, herdeiro da empresa, que, de acordo com o MPF, foi o responsável por parte dos repasses destinados a petistas baianos e dirigentes do fundo de pensão da estatal (Petros), que bancou a obra.
Ele revelou detalhes sobre a distribuição de valores a partir de 2010 e nomes de supostos emissários, além de datas e locais de encontro para entrega de dinheiro, tarefa coordenada pelo pai, o empresário Paulo Afonso Mendes Pinto, que morreu em 2017.
Documentos divulgados ontem pelo site O Antagonista revelam que os novos delatores confirmaram ao MPF que 10% do contrato de R$ 69 milhões para gerenciar a obra foram divididos igualitariamente entre o PT da Bahia, o comitê nacional do partido, dirigentes da Petrobras e do fundo de pensão da estatal.