sexta-feira, 29 de março de 2024

João Leão diz que não houve falha, mas sim “má-fé” das pessoas na compra fraudada de respiradores

Foto: Camila Souza/ GOVBA

Da Redação

O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), afirmou, em entrevista à rádio A Tarde FM, que não houve falha do governo na compra fraudada de respiradores que atenderia ao Consórcio Nordeste. Para ele, o que houve foi “má-fé” das pessoas.

“Eu não vejo falha nessa história, na compra dos respiradores. Vi pessoas de má-fé que fizeram isso. É normal que qualquer pessoa que quisesse resolver esse problema, agisse com a pressa natural que é necessária para combater o coronavírus e salvar vida”, declarou Leão, que também Secretário de Desenvolvimento Econômico.

Ele afirmou ainda que os empresários envolvidos na fraude teriam “ficado com raiva” da SDE, porque a pasta se recusou a assinar o protocolo de concessão para uma fábrica de respiradores na Bahia sem que os equipamentos passassem por testes e sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“A primeira providência que fizemos foi mandar testar os respiradores e eles, quando foram testados – eles queriam assinar o protocolo antes do teste e eu não aceitei – apresentaram dez problemas no projeto”, alegou.

Leão diz estar seguro de que a Operação Ragnarok, que prendeu empresários envolvidos na fraude, não vai afetar o governo da Bahia. No último dia 15 de junho, o vice-governador afirmou que iria processar, por danos morais, os empresários Paulo de Tarso, CEO da empresa Biogeoenergy, um os presos na operação, e Cleber Isaac, citado como intermediário.

“O que aconteceu foi que teve a pressa de se comprar os equipamentos. O governador Rui Costa nem estava envolvido nisso, tem uma equipe que cuidou desta compra. Temos que lembrar que, antes, tínhamos comprado respiradores da China que foram sequestrados ao passarem pelos Estados Unidos. O governo americano tomou todos os respiradores, por isso a pressa”.

29 de junho de 2020, 10:10

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