sexta-feira, 29 de março de 2024

Imbassahy insinua que dinheiro da Guiné Equatorial iria beneficiar candidatura no Brasil

Em um vídeo divulgado neste domingo, o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB) questionou a origem do dinheiro apreendido hoje, em Campinas, pela Polícia Federal. Sem citar diretamente nenhum nome de político ou partido, Imbassahy afirmou achar estranho esse montante não declarado entrar no país bem no meio de uma corrida eleitoral, e não se esclarecer para o que ou para quem se destinaria. Confira o vídeo abaixo.

A PF apreendeu  US$ 1,4 milhão em dinheiro vivo e mais duas dezenas de relógios avaliados em US$ 15 milhões. Os valores e os objetivos foram apreendidos em uma fiscalização de rotina em um voo oriundo da Guiné Equatorial, no qual estava a bordo o vice-presidente do país, Teodoro Nguema Obiang Mangue, acompanhado de uma comitiva com outras dez pessoas.

Obiang é filho do presidente e ditador da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que está no poder desde 1979. Nem as notas, nem os relógios foram declarados na entrada da comitiva no país, que não está em missão diplomática. O filho do ditador teria explicado às autoridades que veio ao Brasil para realizar um tratamento médico., Em seguida, eles seguiriam em missão diplomática para Singapura, onde o dinheiro seria utilizado pela comitiva. Os relógios de luxo fariam parte da coleção particular de Obiang, cuja família é conhecida por sua ostentação material.

O caso está sendo tratado com sigilo. O vice-presidente e os demais integrantes da comitiva foram liberados e estão hospedados em Campinas.

A Guiné Equatorial possui uma das maiores reservas de petróleo da África e, ao mesmo tempo, é uma das economias mais pobres do mundo.

 

16 de setembro de 2018, 16:22

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