sexta-feira, 26 de abril de 2024

Fecomércio-BA projeta queda de 29% nas vendas para o período do Dia dos Namorados

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Da Redação

Após a Páscoa e o Dia das Mães com desempenhos negativos, a tendência é a mesma para Varejo no Dia dos Namorados, que deve faturar 29% a menos do que o mesmo período do ano passado. A Fecomércio-BA projetou o desempenho das vendas para os 12 primeiros dias de junho, nas atividades mais sensíveis. O cálculo indica como deve ser o ritmo de consumo no período.

A expectativa apontada pelo consultor econômico da Federação, Guilherme Dietze, é de um faturamento de R$ 1,12 bilhão em setores como vestuário, eletroeletrônicos, farmácias e perfumarias, além dos supermercados. O valor estimado é 29% inferior ao visto no ano passado. Significa uma perda de R$ 450 milhões no período. “Vale lembrar que no ano passado, o resultado também foi negativo, mas uma variação mais modesta de -4,5%”, destaca Guilherme Dietze.

Segundo o especialista, o desempenho desfavorável atual é resultado de vários fatores como a quarentena com lojas fechadas, aumento do desemprego e redução da renda, além da priorização dos gastos essenciais e acesso ao crédito de forma mais restrita.

“Importante lembrar também que o setor de Serviços tem grande participação no Dia dos Namorados e que, este ano, deve sofrer um enorme impacto por causa da pandemia. Os casais buscam, tradicionalmente, reservar mesas em bares e restaurantes, hotéis, motéis etc.”, ressalta o economista. A taxa de ocupação em Salvador, por exemplo, está cerca de 5%, de acordo com a Associação do setor, a pior taxa da história.

Entretanto, mesmo com o impedimento da utilização desses locais para o evento, as pessoas devem procurar alternativas e, em grande parte, passa pelo e-commerce e por aplicativos de entrega. “As comemorações serão feitas com pedidos de comida em casa, entrega de flores, presentes como roupa ou perfume enviados pelos correios etc. Nada que venha contrabalancear a perda do comércio em geral, mas pelo menos gera um pouco de faturamento para as empresas que estão buscando alternativas de vendas”, avalia Guilherme Dietze.

02 de junho de 2020, 11:29

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