sábado, 20 de abril de 2024

Faroeste: Delação de advogado é homologada no STJ e pode atingir juízes, servidores do Judiciário e empresários

Foto: Divulgação/STJ

Da Redação

O ministro Og Fernandes, relator da Operação Faroeste, homologou o acordo de delação premiada firmado entre a Procuradoria-Geral da República e o advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira, segundo informações da coluna Satélite, do Correio*.

Ferreira é apontado como operador da venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia. Na decisão sobre o acordo de delação premiada, o ministro Og Fernandes destaca que os depoimentos prestados e as provas fornecidas pelo advogado durante a negociação deram origem a 25 anexos, grande parte ligadas às investigações da Faroeste contra desembargadores, juízes, servidores do Judiciário, advogados e empresários suspeitos de envolvimento com o esquema.

Ainda de acordo com a Satélite, os indícios que constam nos anexos da colaboração trazem como delatados, segundo o ministro, “autoridades dos mais variados órgãos, dos quais diversos detém foro por prerrogativa de função”.

A PGR impôs duas condições para o acordo, que foram acatadas pelo advogado. A primeira: pagar R$ 2,2 milhões ao Fundo Nacional de Saúde para custear ações de combate à Covid-19. A segunda: cumprir 16 anos de prisão, sendo seis meses em regime fechado na carceragem da Polícia Federal em Brasília, dois anos e meio no semiaberto e cinco no aberto,c om recolhimento domiciliar. Segundo a coluna, Ferreira também aceitou perder a posse de quatro veículos de luxo.

03 de julho de 2020, 12:31

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