quinta-feira, 25 de abril de 2024

Família de Gugu briga por herança de patrimônio que pode chegar a R$ 1 bilhão

Foto: Reprodução/Instagram

Da Redação

Um patrimônio de quase R$ 1 bilhão de reais está no centro da disputa da família do apresentador Gugu Liberato, que morreu no último mês de novembro vítima de um acidente doméstico.

Reportagem da revista Veja traz os bastidores dessa disputa, que tem como uma das personagens centrais a viúva do apresentador Rose Miriam di Matteo.

Segundo Veja, o patrimônio de Gugu envolve a casa em Orlando, nos Estados Unidos, onde aconteceu a tragédia, avaliada em R$ 6,7 milhões; residência “pé na areia” no Guarujá, no litoral paulista, com quatro suítes e seis banheiros (R$ 7 milhões); Mansão em condomínio fechado nos arredores de São Paulo (R$ 15 milhões); complexo de estúdios de TV localizado (R$ 60 milhões); aplicações em bancos do Brasil (R$ 190 milhões); entra tantos outros imóveis e empreendimentos.

A briga não demorou para começar: uma hora e meia após o sepultamento de Gugu, no dia 29 de novembro, os familiares se reuniram para ler o testamento, ritual que costuma acontecer após a missa de sétimo dia.

O documento foi feito em 2011 e distribuiu a herança da seguinte forma: 75% para os filhos (João Augusto, 18 anos, e as gêmeas Sofia e Marina, de 16) e 25% para os cinco sobrinhos. O documento assegura a Maria do Céu, de 90 anos, mãe do apresentador, uma espécie de pensão vitalícia de R$ 163 mil.

Mas a ausência de Rose Miriam no documento foi o que tornou a história surpreendente e desencadeou a briga que, ao que tudo indica, vai parar nos tribunais.

Gugu não deixou nada em nome da mãe de seus filhos e, no testamento, está registrado Aparecida Liberato como a responsável pelo espólio e curadora de seus filhos menores de idade. Ou seja, pela vontade do apresentador, Rose não tem autonomia sequer para cuidar das próprias filhas.

Rose assinou o documento sem expressar nenhuma revolta, mas voltou atrás. Seu objetivo é anular o testamento para ficar com 62,5% de toda a fortuna.

B.O.

No meio desse processo, dois boletins de ocorrência já foram registrados. O primeiro feito por Rose, contra o advogado Carlos Regina, amigo de Gugu, alegando ter sido coagida para assinar o documento.

O segundo boletim foi feito a pedido do filho mais velho de Rose contra a própria mãe. João acusa a Rose e o tio, Gianfrancesco di Matteo, de mentirem a ele dizendo que o levariam à casa de um amigo. Na verdade, João foi levado à residência do advo­gado Nelson Wilians. Ao se ver diante do profissional que começaria a representar os interesses de Rose na discussão sobre a herança, o jovem percebeu que poderia ser uma cilada e foi embora.

Eles ainda moram juntos, na mesma mansão em Orlando onde Gugu sofreu o acidente, mas a relação entre mãe e filho está abalada. Rose diz que João tem sido cooptado pela tia Aparecida, que, segundo ela, fica repetindo que a mãe vai roubar a parte da herança dos filhos.

Receita

Aparecida administra hoje o dinheiro deixado por Gugu.  João recebe depósitos em uma conta aberta em seu nome, de cerca de US$ 1 mil por semana, sendo que o espólio se responsabiliza por todos os outros gastos, como imposto da casa e empregados.

Sem receita, Rose diz que precisa pedir dinheiro ao próprio filho para suas despesas do dia a dia. Na semana passada, ela obteve vitória em uma ação de alimentos de R$ 100 mil por mês, mas o valor ainda não começou a ser depositado.

De acordo com a Veja, pessoas envolvidas com o processo afirmam que Rose sofre influência do irmão, Gianfrancesco. Ele chegou a ganhar uma padaria de luxo avaliada em R$ 12 milhões de Gugu, na região da Avenida Paulista, mas faliu o negócio.

Depois da morte do apresentador, ele se mudou para Orlando e vive junto com a irmã e os sobrinhos. o que aumentou a crise entre a mãe e os filhos. Rose diz que o chamou para lhe fazer companhia em um momento difícil, mas João queixa-se de que seu espaço foi invadido, sem ter tido tempo de viver o luto.

Gian, como é conhecido, chegou a dormir dois dias no quarto de Gugu, até João proibir sua permanência na suíte alegando desrespeito. Foi esse comportamento que  fez João entrar com um pedido na Justiça da Flórida para o tio deixar a casa no prazo de 15 dias. Se isso não ocorrer de forma amigável, Gian poderá ser expulso de lá.

01 de fevereiro de 2020, 11:13

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