quinta-feira, 25 de abril de 2024

Diretor do Instituto Paraná Pesquisas fala sobre cenário para as eleições

Foto: Reproddução/Band

Thyara Araujo

O diretor-presidente do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, falou a respeito do cenário das eleições deste ano, em entrevista à radio Sociedade, em Salvador. Para ele, as eleições de outubro serão “completamente diferentes” das realizadas anteriormente.

“Vejo uma eleição completamente diferente. Acho que a pandemia vai fazer as pessoas verem o mundo de uma forma diferente quando ela acabar e o primeiro teste se dará com as eleições municipais, sem dúvidas. Precisamos ver se a pandemia vai chegar em grande volume no Brasil, nos estados e como as prefeituras nas cidades vão sobreviver…temos que ver como se dará isso no final”, diz Hidalgo.

Questionado se acredita que, após a pandemia, as campanhas políticas voltam ao “zero a zero” em Salvador, o diretor-presidente afirmou que tudo vai depender do impacto da pandemia na capital. “Ela vai chegar de forma agressiva, mediana ou tímida? Passada essa pandemia, a gente vai saber como estará o pré-candidato [Bruno Reis] e a popularidade do prefeito ACM Neto. Se sair tudo dentro da normalidade, não vai mexer em nada. Agora, se for uma tragédia, vai mexer não só com ACM Neto, mas com todos os prefeitos do Brasil”, aposta Hidalgo.

Segundo ele, as campanhas dos candidatos ficarão mais restritas por conta das medidas de isolamento. “Campanhas de rua e reuniões já eram. Veremos nos formatos da TV, rádio, jornais e nas redes sociais”, diz.

Questionado sobre a falta de harmonia observada ultimamente entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e fazendo uma relação com o que pode ocorrer a nível municipal, Hidalgo afirmou: “A nível federal, a pandemia chegou. Nos municípios e nos estados, ainda não chegou numa grande monta. A gente torce pra que não chegue. Chegando, aí a gente vai ver ‘bater cabeça’. Veremos prefeitos aliados brigando com governador, secretários de saúde brigando com prefeitos, aí o que estamos vendo a nível nacional vamos ver a nível estadual e municipal. Será um ’empurra’ do problema. Como o eleitor vai ver isso? Provavelmente ele colocará a culpa em alguém”.

Profissionais da saúde

Hidalgo aposta que a próxima eleição será dos profissionais de saúde. “Esses profissionais que estiverem filiados e que tenham um bom desempenho na pandemia, com ações sociais, vão levar uma enorme vantagem nas próximas eleições. Olha o quanto Mandetta cresceu”, observa.

06 de abril de 2020, 19:40

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