sexta-feira, 26 de abril de 2024

Deputado afirma que é razoável proibir que militares da ativa assumam cargos públicos

Foto: Agência Brasil

Da Redação

O PT pretende apresentar uma emenda para a comissão especial da reforma administrativa, instalada na Câmara Federal, para impedir que militares da ativa ocupem cargos em governos. O partido coleta assinaturas para incluir um dispositivo no texto para que os membros das Forças Armadas tenham que ir para a reserva se ocuparem cargos ou funções destinadas a civis. As informações são do jornal Valor.

Segundo o PT, os militares em cargos civis no governo federal saíram de 996 em 2005 para 6.157 em 2020. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que já foi paraquedista do Exército, ampliou o espaço dos fardados no Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios, e muitos estão na ativa.

Ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, hoje secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência, é um dos exemplos disso. Pazuello chegou a participar de ato político ao lado de Bolsonaro, no Rio de Janeiro (RJ), prática que não é permitida pelas Forças Armadas. Entretanto, o ex-ministro não foi punido, conforme pedido do presidente, gerando insatisfação em parte da cúpula militar.

Em uma live na semana passada, o deputado baiano Arthur Maia (DEM), relator da reforma administrativa na comissão especial, disse ser “razoável” a proposta do PT, assim como magistrados precisam pedir demissão para assumirem cargos políticos, como fez o ex-juiz Sérgio Moro. O tema será tratado em audiência pública.

A interlocutores, porém, Maia sinalizou que não deve incorporar os militares ao seu parecer porque acredita que são uma carreira muito específica e com regras próprias. Porém, o deputado não fechou questão sobre esse tema, e está aberto ao convencimento.

21 de junho de 2021, 09:34

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