sexta-feira, 26 de abril de 2024

Cinco pessoas são resgatadas de condições de trabalho análogo ao de escravo em fazenda de Ilhéus

Foto: Coetrae-BA

Redação

Cinco trabalhadores foram resgatados em fazenda nas proximidades do Rio do Braço, em Ilhéus, por uma força-tarefa composta por auditores-fiscais do Trabalho, representantes da Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público do Trabalho (MPT), Polícia Federal (PF) e Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS).

Os empregados trabalhavam há vários anos na propriedade, em sistema de parceria rural fraudulenta. O sistema instituído pelo empregador induziu os trabalhadores ao endividamento e ao sistema de servidão, onde laboravam em atividades escolhidas pelo patrão sem contraprestação financeira.

As condições dos locais onde os trabalhadores moravam eram precárias, sem água encanada, instalações sanitárias e estavam em péssimo estado de conservação, com paredes rachadas e, em alguns casos, risco de desmoronamento. As instalações elétricas estavam comprometidas, oferecendo risco de choque e curto-circuito. A fonte utilizada para beber água estava exposta a sujeira e a animais, sem higiene.

A assessora técnica da Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae-BA), Teresa Bugarim, informou que os trabalhadores foram encontrados em situação degradante. Em seguida, foram encaminhados para unidades de atendimento da rede de Assistência Social de Ilhéus. “Os trabalhadores residiam em alojamentos insalubres e trabalhavam em péssimas condições. Estamos acompanhando o caso e já os conduzimos para os serviços de assistência social”, explicou.

A Auditoria Fiscal do Trabalho irá lavrar os autos de infração para responsabilização do empregador e exigirá o pagamento das verbas rescisórias desses funcionários. A Defensoria Pública da União prestará a assistência jurídica aos resgatados.

16 de outubro de 2019, 23:33

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