Caso Ágatha: PM se torna réu e é afastado de atividades
Redação
O policial militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado de ter disparado o tiro que matou a menina Ágatha Félix, de 8 anos, no Complexo do Almão, em setembro, se tornou réu depois de a Justiça do Rio de Janeiro aceitar a denúncia do Ministério Público do estado.
Na última quinta-feira (5), a juíza Viviane Ramos Faria determinou que o porte de arma de fogo de Rodrigo seja cassado e que ele não exerça atividades de policiamento ostensivo até o fim do processo e que não saia do Rio de Janeiro nesse período.
Segundo a decisão, Ágatha morreu “por erro no uso dos meios de execução por parte do policial militar Rodrigo José de Matos Soares”.
“O fragmento que atingiu a vítima foi disparado de baseamento da Polícia Militar em direção a um poste de concreto, que se fragmentou, e um dos fragmentos ricocheteou em sentido descendente e atingiu a base do porta-malas da Kombi, o qual ricocheteou novamente, atravessando o banco traseiro, atingindo fatalmente a vítima”, diz trecho.
A juíza reforçou o depoimento de testemunhas, que afirmaram não haver confronto na região onde a menina foi baleada, enfraquecendo a versão dos policiais de legítima defesa.
Ágatha estava dentro de uma Kombi com o avô, quando foi baleada nas costas e morreu. Segundo moradores, PMs atiraram contra uma moto que passava pelo local, e o tiro atingiu a criança.