sexta-feira, 26 de abril de 2024

Caso Ágatha: PM se torna réu e é afastado de atividades

Foto: Reprodução

Redação

O policial militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado de ter disparado o tiro que matou a menina Ágatha Félix, de 8 anos, no Complexo do Almão, em setembro, se tornou réu depois de a Justiça do Rio de Janeiro aceitar a denúncia do Ministério Público do estado.

Na última quinta-feira (5), a juíza Viviane Ramos Faria determinou que o porte de arma de fogo de Rodrigo seja cassado e que ele não exerça atividades de policiamento ostensivo até o fim do processo e que não saia do Rio de Janeiro nesse período.

Segundo a decisão, Ágatha morreu “por erro no uso dos meios de execução por parte do policial militar Rodrigo José de Matos Soares”.

“O fragmento que atingiu a vítima foi disparado de baseamento da Polícia Militar em direção a um poste de concreto, que se fragmentou, e um dos fragmentos ricocheteou em sentido descendente e atingiu a base do porta-malas da Kombi, o qual ricocheteou novamente, atravessando o banco traseiro, atingindo fatalmente a vítima”, diz trecho.

A juíza reforçou o depoimento de testemunhas, que afirmaram não haver confronto na região onde a menina foi baleada, enfraquecendo a versão dos policiais de legítima defesa.

Ágatha estava dentro de uma Kombi com o avô, quando foi baleada nas costas e morreu. Segundo moradores, PMs atiraram contra uma moto que passava pelo local, e o tiro atingiu a criança.

08 de dezembro de 2019, 15:03

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