Caixa vende ações da Petrobrás e separa cota para pessoas físicas
A Caixa vai vender todas as ações ordinárias (com direito a voto) que possui da Petrobrás, o que representa 3,24% do capital social da petrolífera, ou 241.340.371 papéis. Desse total, até 24% das ações serão prioritariamente negociadas com pessoas físicas, com valor mínimo de compra de R$ 3 mil e máximo de R$ 1 milhão.
Existe também a possibilidade de se comprar via fundo de investimentos em ações, com R$ 100 como aporte mínimo. Nesse caso, é preciso levar em consideração possíveis taxas de manutenção, sobre rendimento e até de saída. A oferta de ações é coordenada por UBS, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch e XP Investimentos.
Dentro dessa cota para CPFs, 2% das ações terão prioridade para serem vendidas a empregados e outros 4% irão para lock-up, o que significa que, por 45 dias, o valor não pode ser vendido, independentemente do que aconteça.
O lock up, explica o analista financeiro da Ativa Investimentos Ilan Arbetman, serve para proteger o preço de mercado das ações. Quem vai entrar no follow on (oferta de ações de uma empresa que já possui capital aberto na Bolsa de Valores, como é o caso da Petrobrás) vai pagar o preço estabelecido no dia 25 de junho, mas, no mercado, a cotação do papel pode variar, como acontece todos os dias.
“Lock up serve para proteger o mercado de uma volatilidade”, diz, segundo o Estadão. Neste caso, um grupo de pessoas não pode comprar e já vender as ações. O mecanismo é usado também para alinhar os interesses dos investidores que já estão na Bolsa com os novos, para que não entrem na operação somente especuladores, segundo Arbetman.