sexta-feira, 26 de abril de 2024

Bolsonaro causa aglomeração e volta a defender ‘voto auditável’

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Da Redação

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cumprimentou apoiadores e tirou fotos com eles ao retornar ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, depois de fazer um passeio de moto, acompanhado de centenas de motociclistas, na manhã deste domingo, 9, em Brasília. Sem máscara e sem respeitar o distanciamento social, em breve discurso, o chefe do Executivo federal afirmou que o passeio não foi um ato político, mas de “amor à Pátria”, e voltou a defender a aprovação do chamado “voto auditável”.

“Esse passeio hoje aqui, com toda certeza, havendo convite, iremos para São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte”, disse. “É uma demonstração não política, uma demonstração de amor à Pátria, demonstração de todos aqueles que querem paz, tranquilidade, e liberdade acima de tudo. Pode ter certeza, nosso exército são vocês, o que vocês determinarem, nós faremos”, disse, de acordo com o Estadão.

Bolsonaro falou sobre o passeio na última quinta-feira, 6, durante a transmissão semanal do presidente nas redes sociais. Na ocasião, o presidente disse que o encontro deveria contar com a participação de cerca de mil motociclistas. Neste domingo, o presidente passeou de moto por cerca de uma hora e meia pelas ruas da capital. Não foi possível contar os participantes, mas eram centenas de motociclistas. Na saída, o evento foi aberto com a execução do Tema da Vitória (do piloto Ayrton Senna) pelo batalhão da Guarda Presidencial. A trilha sonora foi tocada durante todo o passeio pelo sistema de som das motocicletas. O ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, também estava no grupo.

O presidente repetiu ainda que, como chefe supremo das Forças Armadas, “jamais” o Exército irá às ruas para manter as pessoas dentro de casa. “Vocês, motociclistas, vocês, amantes do asfalto, amantes da liberdade, sabemos que não existe nada mais sagrado para um homem e para uma mulher do que garantir e ter sua liberdade, e essa não tem preço. Vocês estão aqui dando apoio, então para um governo que se identifica em grande parte com vocês”, disse.

Durante o discurso, ainda de acordo com o Estadão, Bolsonaro foi cumprimentado pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) com um beijo no rosto. Após chamar a parlamentar de “mãe do voto auditável” – ela é autora da PEC 135/2019 que trata do assunto -, o presidente voltou a defender a aprovação da medida no Congresso, que determina a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos. “Com toda certeza nós aprovaremos isso no Parlamento e teremos, sim, uma maneira de auditar o voto por ocasião das eleições de 22. Ganhe quem ganhar, mas na certeza e não na suspensão da fraude. Não podemos admitir isso, porque o voto é a essência da democracia”, afirmou.

“Pegamos um Brasil realmente arrebentado, ético, moral e economicamente, e aos poucos vamos recuperando, com apoio e consciência por parte de todos vocês que estamos buscando fazer o melhor para nosso Brasil. Acredito nessa pátria verde e amarela. Nosso lema é Deus. Pátria, família, incomoda muita gente, mas sabemos que isso é a essência de praticamente todos nós”, disse.

09 de maio de 2021, 15:01

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