sexta-feira, 26 de abril de 2024

Bahia vai jogar com camisas “manchadas” de óleo e lança manifesto contra tragédia ambiental no NE

Foto: Reprodução/EC Bahia

Redação

O Bahia vai entrar em campo amanhã, em Pituaçu, às 19h30 para encarar o Ceará, com as camisas “manchadas” de óleo. O clube anunciou hoje, pelas redes sociais, que a atitude será tomada por conta da tragédia ambiental que atinge as praias do Nordeste desde o fim de novembro.

O Esquadrão de Aço lançou também um manifesto: “Quem derramou esse óleo? Quem será punido por tamanha irresponsabilidade? Será que esse assunto vai ficar esquecido?”, questiona o texto.

Apresentando uma campanha consistente neste Brasileirão, o tricolor vem ganhando também cada vez mais visibilidade nacional por suas posturas extracampo. Na semana passada, o nome do técnico Roger Machado ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter, depois de uma resposta dada na coletiva depois do jogo contra o Fluminense, no Maracanã, em que fez uma análise aprofundada sobre o racismo estrutural no Brasil.

O anúncio de hoje colocou o Bahia, mais uma vez, entre os assuntos mais comentados no Twitter. Para amanhã, a torcida vai embalada após o triunfo contra o Grêmio fora de casa na última rodada, e os ingressos já estão esgotados.

Confira o manifesto do Bahia:

“O problema é seu. O problema é nosso.

Quem derramou esse óleo? Quem será punido por tamanha irresponsabilidade? Será que esse assunto vai ficar esquecido?

O Bahia é você, somos nós, cada ser humano.

É a forma como representamos o amor, o apego, o chamego, o sagrado, a justiça. O Bahia é a união de um povo que vibra na mesma direção, que respira o mesmo ar e que depende da mesma natureza para existir, para sobreviver.

Jogaremos nesta segunda-feira (21), contra o Ceará, em Pituaçu, com a camisa do Esquadrão manchada de óleo.

Um convite à reflexão: o que faz um ser humano atacar e destruir espaços sagrados? O lucro a qualquer custo pode ser capaz de destruir a ética e as leis que regem e viabilizam a humanidade?

A barbárie deve ser tratada como tal, não como algo natural”.

20 de outubro de 2019, 13:29

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