sábado, 20 de abril de 2024

Auxiliares querem que Bolsonaro coloque limite aos filhos

Após o vereador Carlos Bolsonaro (PSC) chamar publicamente o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, de mentiroso, auxiliares do presidente expuseram sua preocupação com a intromissão dos filhos de Jair Bolsonaro em assuntos do governo federal.

Segundo o UOL, assessores defendem que Bolsonaro precisa chamar os filhos para conversar e delimitar a influência de cada um. Para esses assessores, a atitude de Carlos Bolsonaro é inadmissível e demonstra imaturidade tanto do filho, quanto do próprio Bolsonaro, que chegou a compartilhar o áudio divulgado pelo vereador.

Sabe-se da influência que Carlos Bolsonaro exerce sobre o pai, especialmente nas redes sociais, já que ele foi o principal estrategista digital durante a campanha. Mas entende-se também que o áudio e a publicação não seriam replicados em o consentimento do presidente.

Nos últimos dias, após a crise exposta, Carlos Bolsonaro se limitou a publicar nas redes sociais ações do governo ou criticar denúncias ligadas ao PT. Até o tom contra a imprensa, um dos principais alvos de seus ataques, diminuiu, pelo menos nesses últimos dias.

O caso de Carlos foi o estopim. Os interlocutores defendem que Bolsonaro coloque “ordem na casa”, com cada filho em seu lugar: Flávio Bolsonaro no Senado, Eduardo Bolsonaro na Câmara dos Deputados e Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio.

Para interlocutores do presidente, Flávio Bolsonaro ainda não apresentou explicações convincentes sobre o caso envolvendo o seu ex-assessor Fabrício Queiroz, que acabou sendo ofuscado nas últimas semanas com a denúncia das candidaturas laranjas do PSL.

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, que também teria Bebianno como um desafeto, tem assumido o papel de uma espécie de chanceler informal. Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, foi, inclusive, indicação do próprio.

16 de fevereiro de 2019, 09:44

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