sexta-feira, 26 de abril de 2024

Auxiliares de Bolsonaro propõem pedir suspeição de Celso de Mello

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Da Redação

Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro debatem uma reação ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que em mensagem reservada a interlocutores comparou o Brasil à Alemanha de Adolf Hitler e disse que bolsonaristas querem a ditadura. As informações são do Estadão.

O texto enviado via WhatsApp foi considerado pelo grupo mais próximo de Bolsonaro como motivo para pedir a suspeição do decano no inquérito que investiga as acusações de interferência na Polícia Federal. A investigação, aberta após acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, pode levar ao afastamento de Bolsonaro do cargo.

Segundo o Estadão, assessores jurídicos, no entanto, descartam por ora adotar a estratégia para retirar o decano do caso. O argumento dos defensores do pedido de suspeição é de que a mensagem de Celso de Mello, com ataques ao governo, é semelhante às críticas feitas pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em reunião ministerial no dia 22 de abril, quando disse que “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.

O ministro Alexandre de Moraes, colega de Celso na Corte, viu na declaração de Weintraub indícios de prática de delitos como difamação, injúria e crime contra a segurança nacional e o convocou para se explicar sobre os comentários sobre integrante do STF. O ministro da Educação, na ficou em silêncio durante a oitiva na última sexta-feira, 29.

Integrantes do governo querem se valer deste caso para contestar Celso de Mello, alegando que, seguindo a lógica aplicada a Weintraub, o decano “cometeu crime de segurança nacional” ao comparar a situação atual do Brasil com a Alemanha de Hitler. Para eles, embora o ministro não tenha escrito isto textualmente, a comparação é o mesmo que chamar “Bolsonaro de nazista.”

01 de junho de 2020, 18:00

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