sexta-feira, 19 de abril de 2024

À colunista da Folha, João de Deus diz que estaria sendo vítima “armação”

A colunista Mônica Bergarmo, da Folha de S. Paulo, acompanhou o momento em que João de Deus se entregou à polícia ontem, nos arredores de Goiania.

O médium, que foi acusado por cerca de 300 mulheres de cometer assédio sexual, era considerado foragido, já que a sua prisão havia sido decretada na sexta, 14.

A jornalista da Folha relatou como foram as horas antes de João de Deus se entregar.

Segundo ela, o médium seguiu, na quarta-feira, 12, para o sítio de uma família, que teve um de seus integrantes diagnosticado com câncer terminal na infância e foi salvo por ele há duas décadas.

João de Deus estava acompanhando de um de seus assistentes e chegaram ao local sem aviso prévio.Conforme relato da jornalista, ele disse que precisava descanar e esperar a poeira baixar. Os donos do sítio, apesar da surpresa, acolheram o médium, como forma de gratidão pela cura do câncer de um de seus familiares.

Na madrugada de sábado, ansioso e aflito, João de Deus se embrenhou em um bosque próximo ao sítio e montou uma barraca. Ficou por ali. Utilizou o lugar para meditar e até mesmo dormir. Enquanto isso, seus advogados negociavam com a Polícia Civil de Goiás.

Ao se encontrar com seus advogados e a jornalista Mônica Bergarmo, João de Deus afirmou que está sendo vítima de uma “armação” para “pegarem” seu dinheiro.

Ele chegou a afirmar que recebeu um telefonema e avisaram: “Vamos colocar 50 para falar mal de você. Se falar alguma coisa, colocamos 200. E, depois, 2 mil”.

João de Deus chegou ao ponto marcado com a polícia às 16h30: uma encruzilhada em uma estrada de terra. À colunista da Folha, ele ainda disse que está se entregando “à justiça da terra e à divina”,

17 de dezembro de 2018, 10:10

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