O show de Emílio Odebrecht delatando expõe o poder e o quarto poder (os donos da mídia)
por Alberico Gomez (alberico.gomez@todabahia.com.br)
Lula, o amigo
Um Emílio Odebrecht risonho, depondo como se contasse causos de velhos amigos. Com
Um advogado que rir, mexe no celular. Aos 72 anos, com um leve ar de senilidade, o presidente da Odebrecht dá um show em seus depoimentos entregando os amigos e a imprensa. “Eu gosto do Lula. Gosto dele, admiro ele, confio nele”. Emílio fala de Lula como se fala de um grande amigo que conheceu na época de sindicalista. ” Foi a única vez que fui ao apartamento dele”.
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A revista do amigo
“Não quero que vocês deixem de dar a notícia. Só não quero que vocês explorem a notícia”, disse Emílio. “Nós estamos ajudando a todos, com a exceção da Globo”, continuou. Emílio conta que o banqueiro André Esteves, a pedido de Lula, estava passando a sacolinha para ajudar a revista chapa-branca pró Lula, a Carta Capital. Cinco doadores. A três letrinhas baiana (OAS) e a Andrade Gutierrez já tinha dado a cota única de R$ 3 milhões cada. Emílio lembra que já havia dado no passado dinheiro à Carta Capital e que tinha crédito para receber em anúncio.
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FHC: “sempre ajudei”
Fernando Henrique Cardoso. “Você conhece a figura…” pergunta sobre FHC. “Se conhecesse saberia que ele nunca falaria em valores comigo, mas eu o ajudo desde a época de senador”, diz, para depois emendar de que “acha tem quase certeza” de que FHC não sabia que era caixa 2…
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