Funcionária da Odebrecht diz que acarajé é só um quitute baiano, e não propina
A funcionária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares, presa na Operação Acarajé, da Polícia Federal, afirmou, em depoimento aos investigadores, que a palavra “acarajé”, na correspondência de funcionários da empresa, não significa propina, mas sim uma iguaria baiana.
Segundo a PF, e-mails apreendidos na sede da empreiteira mostram que dois executivos, Hilberto Mascarenhas e Roberto Ramos, trocaram mensagens, em 2013, nas quais acionavam a funcionária para entregar “acarajés” nos endereços indicados por eles.
No depoimento, Maria Lúcia, presa em Salvador, declarou que Mascarenhas lhe pedia para providenciar o quitute e não o pagamento de propina. A PF batizou a 23ª fase da Lava Jato com o nome do bolinho, por entender que o termo, no caso, se refere a valores em espécie que eram entregues a Ramos.
Para os delegados, a versão de Maria Lúcia é “pouco verossímil” e, conforme as investigações, a funcionária era responsável pelo gerenciamento da “contabilidade paralela” da Odebrecht. As informações são da Agência Brasil.