quinta-feira, 25 de abril de 2024

Experiência na cadeia: Picciani encontra Cabral, come bem e reclama do sistema carcerário

Thyara Araujo

Arroz, macarrão, feijão, uma porção de proteína (carne, frago ou peixe); salada, fruta ou doce de sobremesa, além de refresco. Esse foi o cardápio saboreado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Sem ter os cabelos cortados e sem usar uniformes padrões dos presos, Picciani se encontrou com o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, e criticou o sistema carcerário, mesmo com pouco tempo para experimentar as sensações lá dentro – já que a Alerj decidiu pela sua soltura.

Detido na companhia de seus colegas de parlamento Edson Albertassi e Paulo Melo, Picciani ficou na mesma galeria onde o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, cumpre pena. Rolou até um papo entre os dois, mas Picciani não revelou detalhes.

Sobre as queixas ao local, ele disse que “as pessoas sofrem muito. A Justiça mantém as pessoas presas e não revisam seus casos”. E o que dizer da Justiça que “fecha os olhos” para o que parece ser tão claro? Investigações feitas durante a Operação Cadeia Velha, da PF e do MP, apontam que o pagamento de propinas envolvendo políticos e empresários do transporte público do Rio de Janeiro acontece desde a década de 1990, com envolvimento do presidente da Casa.

18 de novembro de 2017, 19:24

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